Em 1978 fui convidado pelo Professor Henry Reining Jr., reitor emérito da Universidade do Sul da Califórnia, a escrever um ensaio sobre Qualidade Urbana. Confesso que fui pego de surpresa sobre o tema, porque naquela época o que me preocupava era a qualidade vida no Brasil, de maneira geral.
Reining era um dos professores do curso de mestrado em administração pública realizado em Curitiba, em parceria com a UFPR, que teve a oportunidade de vir à nossa cidade. Alguns deles conheceram Foz do Iguaçu e visitaram o canteiro de obras da usina de Itaipu. Outros foram somente a Antonina e Morretes, por serem mais próximas a Curitiba.
Aquelas citadas cidades, naquela época, apresentavam situações urbanas bem distintas e Foz era a que estava em ebulição, devido a um rápido crescimento urbano causado pelas oportunidades produzidas pela grandiosa obra da construção da hidrelétrica.
As carências urbanas em Foz do Iguaçu eram enormes e se não fosse o apoio do governo federal e, também, do governo do estado do Paraná, não sei o que seria daquela cidade.
A minha visão de qualidade urbana, naquela época, era a visão de um engenheiro civil preocupado com questões sociais, urbanas e regionais, em aspectos setoriais de habitação, saneamento básico e transporte.
Mesmo assim escrevi um modesto ensaio apontando aspectos de qualidade urbana relacionados à qualidade da água, do ar e nível de ruído sonoro.
Mais tarde, no curso de planejamento urbano e regional, na universidade de Edinburgh, tive a oportunidade de analisar a complexidade do desenvolvimento urbano.
Na verdade há tanta coisa para ser feita no Brasil em termos de desenvolvimento urbano que, mesmo sem a nova concepção de sustentabilidade, por meio de erros e acertos as cidades vão gradualmente se transformando, para melhor ou para pior.
Thursday, June 03, 2010
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